A Violência Contra a Palestina
- Carlos Maia
- 21 de mai.
- 2 min de leitura
A situação na Palestina não é um "conflito" entre partes iguais, mas um processo histórico de limpeza étnica e ocupação colonial.
Por *Carlos Maia
Apartheid contra o povo palestino
O Estado de Israel, financiado e armado pelas potências ocidentais, mantém há décadas um regime de apartheid contra o povo palestino, combinando violência militar com estrangulamento econômico e negação de direitos básicos.
Em Gaza, 2 milhões de pessoas vivem sob bloqueio há 16 anos, em condições que a ONU classifica como "inviáveis para a vida humana". Na Cisjordânia, a expansão ilegal de assentamentos segue deslocando famílias palestinas de suas casas, sob o olhar complacente da chamada "comunidade internacional".
Israel um Estado acima da lei
Enquanto isso, Jerusalém Oriental, território palestino ocupado, enfrenta um processo acelerado de judaização forçada.
A recente escalada de violência revela uma verdade incontestável: Israel age com impunidade porque tem o aval das potências ocidentais. Cada bombardeio a Gaza, cada criança morta, cada casa demolida só é possível porque os EUA e a Europa tratam Israel como um Estado acima da lei.
O Dever da Solidariedade Internacional
Quem defende os princípios humanitários tem a obrigação de:
Denunciar a falsa narrativa de "guerra entre dois lados", quando há claramente um opressor (o Estado israelense) e um oprimido (o povo palestino).
Expor o papel do imperialismo norte-americano e europeu no financiamento da máquina de guerra israelense.
Apoiar o movimento global de boicote a Israel (BDS) como forma de pressão não violenta.
Cobrar dos governos latino-americanos uma posição firme contra o apartheid israelense.
A Única Solução Possível
O fim da ocupação, o direito de retorno dos refugiados e a criação de um Estado palestino soberano são passos essenciais para a justiça. No entanto, isso só será possível quando a hipocrisia ocidental for confrontada — aquela que fala em "paz" enquanto vende as armas que matam palestinos diariamente.
A história prova que nenhum regime de opressão é eterno. Do apartheid na África do Sul às ditaduras latino-americanas, os povos acabam por derrotar seus algozes. Com a Palestina não será diferente. Cabe a nós acelerarmos esse dia através da solidariedade ativa e da luta incansável por justiça.

*Carlos Maia I Publicitário - Comunicação I UFPR
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